sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Os Mortos-vivos: fomos longe demais (v.13) (Robert Kirkman)

A tranquilidade aparente da nova comunidade não deixa Rick se acomodar. Além disso, as experiências passadas cada vez mais lhe confirmavam que naquele mundo destroçado ninguém era confiável. Diante disso, Rick decide se precaver, conseguindo armas às escondidas para si e para seu grupo, mesmo frente a resistência de alguns que viam aquele lugar como um retiro seguro onde poderiam reconstruir suas vidas arruinadas.
Cumprindo a tarefa de que foram incumbidos, Gleen e Heath saem dos limites dos muros para conseguirem novos suprimentos. O chinês relembra os tempos em que dependia de suas habilidades de parkour para sobreviver. Em um beco abarrotado de zumbis, a dupla avista alguns homens encurralados que, para conseguirem escapar, entregam um de seus comparsas ao apetite voraz dos mortos-vivos. Para evitar maiores problemas, Gleen e Heath decidem pegar o que precisam na farmácia e irem logo embora.
O tema da religiosidade retorna na pessoa do Padre Gabriel que confronta sua espiritualidade com o seu novo papel naquela comunidade. Consequentemente, seu dever ético faz com que ele advirta o anfitrião da comunidade de que aquele novo grupo que acabara de chegar não era nada confiável, uma vez que já tinha cometido coisas terríveis. Na verdade, o padre ainda vivia atormentado pela culpa de ter deixado os fiéis à mercê dos errantes e não admitia que aquele grupo fosse capaz de qualquer coisa para garantir a sobrevivência dos que amavam.
Em suas constantes patrulhas, Rick desconfia que Pete, um dos moradores da comunidade, vem espancando sua mulher e filho. Movido pelos fantasmas do passado, o guardião da comunidade decide intimidar o homem, ainda que sob as advertências de Douglas. Contudo, Rick perde o controle e seu instinto de proteção acaba por deixar evidente aquilo que o Padre Gabriel havia alertado a Douglas. Graças à intervenção de Michonne, o conflito não tem consequências mais drásticas. Contudo, o episódio deixa um clima de instabilidade na comunidade, forçando-os a tomarem alguma decisão à respeito dos dois envolvidos na confusão. Não bastasse a ameaça que vinha de fora, era necessário tratar também a ameaça que vinha de dentro. A morte da esposa de Douglas seria a gota d’água para que Douglas se convencesse da medida severa que deveria ser tomada.
Os acontecimentos desse volume deixam evidente para os moradores da comunidade duas verdades: estavam cercados por perigos que não tinham desenvoltura suficiente para lidar e aquele grupo recém-chegado tinha vivido experiências que os fortalecera na luta pela sobrevivência. Douglas estava em um impasse entre acatar as alegações do Padre Gabriel ou aproveitar todo o arcabouço que o grupo de Rick trazia para somar naquela sociedade. Afinal, a prudência nunca era o bastante quer se tratando dos mortos, quer se tratando dos vivos.
A edição #75 apresenta um conteúdo especial. Um adendo que contém uma entrevista com Robert Kirkman e algumas revelações sobre suas pretensões com a série. O mais revelador é que a partir dessa edição comemorativa, o autor afirma que a sequência será inebriada de novidades, às quais ele afirma serem ainda muito piores e impactantes do que tudo o que aconteceu até agora. Que tal algumas páginas coloridas explicando a pergunta que não quer calar: o que deu origem a toda a devastação?

REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título:      Mortos-vivos, OS
Subtítulo: fomos longe demais (v.13)
Autoria:    Robert Kirkman / Charlie Adlard
Editora:    HQM Editora
Ano:         2014
Local:       São Paulo
Série:       Mortos-vivos, Os - Volume XIII
Gênero:    Zumbi | Suspense | História em quadrinhos

Confira um trecho da série lançada pela AMC:


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