terça-feira, 13 de setembro de 2016

The Walking Dead: o caminho para Woodbury (Robert Kirkman / Jay Bonansinga)



            A franquia The Walking Dead é inspirada no seriado homônimo produzido pela AMC. Esse livro é a sequência da história iniciada em The Walking Dead: a ascensão do governador. Trata-se de uma abordagem diversa da série televisiva, embora alguns personagens e lugares sejam comuns ao livro e aos filmes.
            O livro divide-se basicamente em duas partes. Na primeira, com o pandemônio apocalíptico instalado na Geórgia, um grupo de sobreviventes está acampado em uma área, a qual nomearam Cidade de Tendas. Crianças, jovens, adultos e idosos se aglomeram no dia a dia incerto e inexplicável. Contudo, os ataques das hordas de errantes tornam-se sempre mais frequentes e destrutivos, em vista do despreparo do grupo, muito mais atormentado pelo medo do que motivado pelo instinto de sobrevivência. Em um desses ataques, a temerosa Lilly Caul não conseguira salvar a filha do impiedoso Chad Bingham. Tomado pela raiva, Chad atacara violentamente a mulher e, fora morto por Josh Lee Hamilton, que agira em legítima defesa. Como para o grupo, não bastassem os estragos causados pelos ataques dos zumbis, as ameaças dos próprios integrantes eram algo insuportável, todos decidem pelo banimento de Josh. E assim ele parte, acompanhado por Lilly, o beberrão Bob Stookey e o casal de namorados Megan Lafferty (uma garota de vida promíscua) e Scott Moon (um garoto paranoico e drogado).
            Em uma cidade dominada por zumbis, nada tão perigoso quanto ficar vagando à deriva pelas estradas e principalmente pelos ambientes abertos. Tomado pelo pânico o pequeno grupo caminha até que são informados da existência de um lugar chamado Woodbury, no qual as pessoas tinham segurança e meios de subsistência, desde que seguissem algumas regras de convivência. A chegada a Woodbury introduz a segunda parte do livro quando, conhecem uma figura dúbia, mesmo que bastante gentil e acolhedora: o líder local, Philip Blake, a quem todos referiam como Governador. Numa primeira impressão, aquele homem lhes parecera uma figura super geniosa e altruísta, ao reunir homens capazes de manter acesa a chama de esperança em uma vida melhor para os sobreviventes que encontravam aquela pequena comunidade. Bob até mesmo tornara-se um aliado do Governador, trabalhando como um de seus capangas. Contudo, pouco a pouco a personalidade hostil e psicótica daquele homem viria à tona, revelando que aquele lugar na verdade era um caldeirão em ebulição, prestes a explodir.
            Em relação ao primeiro livro da série, esse apresenta um tom bem mais acentuado no que diz respeito à descrição do estado mortal dos corpos, que causam certo nojo. A trama, por outro lado, deixa a desejar, já que é bastante morna em alguns aspectos, permeada por relacionamentos platônicos e meio que apáticos. Isso faz com que alguns acontecimentos sejam previsíveis, estragando a surpresa que todo clima de suspense deve ter. O Governador possui uma personalidade completamente diferente do Brian do primeiro volume e seu talento para a liderança, bem como seus traços sádicos, parecem ter vindo de algum poder sobrenatural. Contudo, o vemos em seu auge, verificável tanto em sua popularidade quanto em seu sadismo. No fim, resta a curiosidade para a continuação no terceiro volume da série.
 
REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título:       Walking Dead, The
Subtítulo:  o caminho para Woodbury
Autoria:     Robert Kirkman / Jay Bonansinga
Editora:     Galera Record
Ano:          2013
Local:        Rio de Janeiro
Edição:      6ª
Série:        The Walking Dead - Livro II
Gênero:     Zumbi | Suspense

Confira o trailer da série lançada em 2010:



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