sábado, 1 de junho de 2013

O Senhor dos Aneis: as duas torres (J. R. R. Tolkien)



       A obra em questão traz a continuidade da história iniciada em O Senhor dos Aneis: a sociedade do anel. É o prolongamento de uma narrativa que se torna cada vez mais emocionante, na disputa pelos Aneis de Poder da Terra Média. Uma disputa que se apresenta cada vez mais acirrada e perigosa, prenunciando o início de uma guerra devastadora.
        A Comitiva do Anel havia se dispersado após o ataque feito pelos Uruk-hai, que resultara na morte de Boromir. Capturados, os hobbits Merry (Meriadoc) e Pippin (Peregrin) haviam conseguido se libertar da temíveis criaturas e, em sua fuga sem direção, encontraram Barbárvore. Este era um ent, criaturas muitos antigas semelhantes a árvores, habitantes da floresta de Fangorn, que possuem uma força extraordinária e gostam de contar longas histórias. Comunicado pelos hobbits sobre a iminente guerra e sobre o poder de Saruman, ele e os demais reuniram-se em conselho no entebate e decidiram se preparar para a batalha.
        Na busca por encontrarem novamente os hobbits e, principalmente o Portador do Anel, Aragorn, Legolas e Gimli reencontram Gandalf, que fora dado como morto e agora regressara como o "Cavaleiro Branco". Os quatro se dirigem para as terras dos Cavaleiros de Rohan, onde Théoden, o rei do Palácio Dourado, e Éomer, um servo, juntam-se a eles e partem para a guerra. Antes porém, Gandalf é presenteado com o belo cavalo Scadufax. Ao se aproximarem do Forte da Trombeta, no abismo de Helm, os cavaleiros e o exército de Théoden sofrem o primeiro ataque em massa de orcs e homens. Durante a batalha, tornam-se vencedores graças à ajuda dos Ents e Horns convocados por Gandalf. No entanto, o poder de Saruman aliado ao de seu senhor, Sauron, envolvia a Terra Média. A potência de sua torre em Orthanc (Isengard) e a de Sauron em Minas Morgul (Mordor) anunciava tempos de aflição e desespero a todos os povos. Além do mais, a presença de Grima Língua de Cobra, conselheiro do rei Théoden e, ao mesmo tempo, espião e servidor de Saruman, o deixava ciente das pretensões que os membros da comitiva alimentavam. Enfurecidos pelas malícias de Saruman, os Ents e Horns, comandados por Barbárvore, atacam Isengard e a deixam completamente submersa. Merry e Pippin estavam com eles e, pouco tempo depois, a comitiva do rei se encontraria com os hobbits.
O Um Anel
        Em outro plano, Frodo (portador do Anel) e Sam tentavam reencontrar o caminho que os conduziria ao término de sua missão. Perdidos nas montanhas Emyn Muil, foram surpreendidos pela figura de Sméagol (Gollum) os seguindo. Dessa forma, capturaram a horrenda criatura e a obrigaram a conduzi-los até a Montanha da Perdição de Mordor, onde o Um Anel fora forjado e deveria ser destruído. Sméagol não era confiável, já que possuíra o "precioso" por um tempo e gastava sua vida tentando novamente capturá-lo. Todavia, era o único que conhecia os melhores atalhos em Mordor, evitando despertar a atenção dos orcs. Já nos arredores das terras de Mordor, a dupla de hobbits se encontraria com Faramir, guardião das terras de Gondor e irmão do falecido Boromir que, mesmo tendo conhecimento do poder que o anel poderia lhe dar e desejoso de levá-lo para seu pai Denethor, rei de Gondor, os auxiliaria e instruiria nos rumos que sua missão deveria tomar.
        A destreza de Sauron fazia-o sentir que o cobiçado anel estava cada vez mais próximo. Os exércitos de orcs, cavaleiros negros e nazgûl estavam ávidos por guerra e derramamento de sangue para cumprirem definitivamente os desígnios de seu senhor. Com isso, o marco inicial da guerra fora definido quando Pippin arriscara a missão da comitiva ao olhar dentro de uma das palantíri, pedras-videntes de Númenor, revelando-se a Sauron. Enquanto isso, Sméagol armaria uma emboscada para conduzir Frodo e Sam às garras do terrível monstro Laracna, e novamente recuperar seu precioso. O cumprimento da missão se mostrava cada vez mais difícil e improvável a cada passo que davam.
        Assim como se tornou um dos best-sellers mundiais, esta segunda parte da aventura dos hobbits também conquistou a crítica nas telas do cinema. O enredo foi adaptado em uma superprodução que faturou dois Oscar. Uma aventura realmente envolvente e curiosa, pela riqueza dos detalhes com que o autor enriquece a saga dos pequenos hobbits. Assim, é inevitável ao leitor que topa o desafio de desbravar suas páginas, a curiosidade por conhecer o desfecho da história trazido pela última parte deste grande clássico da literatura contemporânea.


TOLKIEN, J. R. R.. O Senhor dos Aneis: as duas torres. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 2ª ed. 364 pgs.

Confira o trailer da adaptação para o cinema lançada em 2002:


Nenhum comentário:

Postar um comentário